Compositor: Túlio Mourão
Cigana, as mãos do Harlem
Não podem te manter no seu calor
Tua temperatura é muito quente para domar
Teus pés em chamas queimam até a rua
Eu sou um sem-teto, venha e me leve
No alcance dos teus tambores ruidosos
Conte-me, querida, sobre o meu destino
Escrito nas palmas das minhas mãos inquietas
Cigana, você me engoliu
Eu tenho caído muito abaixo
Teus olhos de pérolas, tão velozes e cortantes
E teus dentes de diamantes reluzentes
A noite é um breu, venha e faça
Meu rosto pálido caber no lugar, ah, por favor!
Conte-me, querida, eu tenho que saber, querida
Se é você que as minhas linhas de vida traçam
Eu venho questionando tudo sobre mim
Desde que eu te vi lá
Sobre as falésias dos teus encantos selvagens eu estou montando
Eu sei que estou à tua volta, mas não sei onde
Você me matou, você me criou
Eu tenho que rir encolhido pelos corredores
Eu tenho que saber, querida, eu estarei tocando em você?
Assim eu posso saber se sou de fato real